Antes de começar a falar dessa gracinha de cidade preciso contar sobre a aventura que foi chegar lá.
Peguei um trem da Antuérpia (Bélgica) para Bruxelas no início da tarde com a minha amiga que tinha um voo para o Rio saindo de lá, e meu ônibus saíria para Londres às 23h15. Deixei minhas coisas no locker da estação e fui dar uma conferida no Grand Place, que era ali do lado, e que lugar lindo!
Mas fiquei só um pouquinho, e descobri que tinha que mudar de estação ali em Bruxelas porque o ônibus saíria de outro lugar. Então lá fui eu almoçar, caçar wifi e enrolar até dar a hora de pegar o ônibus. Vai caindo a noite e a estação vai ficando vazia, as lojas vão fechando e sempre tem uns mendigos e tal por aí. Fui ficar na saída perto da rua que meu ônibus saía e procurar a companhia de pessoas.
Finalmente chegou a hora e percebi que tinham só umas 8 pessoas no ônibus, sendo 2 deles uma americana e um americano super simpáticos que logo vieram puxar papo. O ônibus tinha banheiro e um wifi que não era lá grandes coisa mas dava pra dar sinal de vida. Seriam 7 horas de viagem até Londres, então aproveitei o ônibus vazio para deitar e dormir. O problema é que não dá para dormir a viagem toda porque como mudamos de país tem todo aquele processo de entrarem no ônibus às 3 horas da manhã para conferir passaporte, sair do ônibus na França com as malas para passar no raio-x (frioooooooo) e depois chegando no Canal da Mancha tempos que fazer a imigração para o Reino Unido, dizendo onde vamos ficar, quando voltamos, o que vamos fazer lá, mostrar passaporte, preencher papel, etc. A moça que me atendeu foi mega simpática, mas todos os outros fiscais iam tirar dúvidas com ela, então demorou horrores e fui a última a sair da salinha. Claro que o ônibus QUASE me deixou só com o passaporte na fronteira, mas por sorte a americana que eu tinha conversado percebeu que eu não tinha chegado e fez o ônibus me esperar. Lição do dia: Sejam sociáveis no ônibus!!!
Depois disso o ônibus entrou num trem de carga que cruza o Canal da Mancha por debaixo d’água, mas preciso admitir que não é tão emocionante e nem dá pra ver os peixinhos nadando. Só vemos as paredes do trem por um tempo mesmo e é isso! hahaha
Então depois de algumas horas finalmente cheguei em Londres lá pras 4/5 horas da manhã e percebo que estava levemente ferrada porque as ruas estavam vazias e eu não sabia chegar na Victoria Station. Para minha sorte, olhem só: o americano que estava no ônibus foi para a Inglaterra sem nem hotel reservado porque o transporte público de Bruxelas ia entrar em greve e ele não ia ter como sair de lá, e nem conseguiu hotel para ficar por lá. Então entrou no primeiro ônibus que conseguiu e veio parar em Londres comigo. Como estava tudo fechado ele veio andando comigo até a estação que afinal nem era longe, e ficou esperando comigo a casa de câmbio abrir para eu poder comprar libras para comprar o bilhete para Brighton (devia ter trocado antes de sair de Bruxelas, lição aprendida). Como a Victoria Station de madrugada fica vazia e cheia de pessoas estranhas, eu agradeci muito de ter uma pessoa comigo, que até me pagou um café giga para me deixar acordada até chegar no meu destino final.
Aliás, curiosidade: ele é um médico que viaja por aí e mora em um trailer nos EUA!
Finalmente depois das 6 horas da manhã consegui resolver tudo e pegar o trem. Para minha alegria deu tudo certo e cheguei no lugar que ficaria. Não sei se foi o café, a adrenalina ou animação, mas arranjei energia para começar a explorar a cidade de manhã mesmo!
Agora sim, FOTOS!
Comprei um bilhete de dia inteiro com o motorista do ônibus e comecei a turistagem visitando o famoso Royal Pavilion. Essa antiga residencia real, que pertenceu a George IV, já foi usada como hospital para feridos durante a 1a Guerra Mundial (inclusive existe uma pequena exposição sobre) e hoje é possível visitar e também alugar para casamentos e banquetes!
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Brighton_-_Royal_Pavilion_Panorama.jpg
Se o exterior já é de tirar o fôlego, o interior não deixa nada a desejar. George IV era louco pela arte chinesa e ilusões de óptica, então os cômodos são super coloridos e extravagantes, com pinturas espetaculares. Achei a entrada um pouco cara, 11,50 libras para adultos e 9,50 para estudante, mas não fiquei decepcionada.
O jardim na parte de dentro também é lindo! (Também fiquei louca com a lojinha!!!)
Depois fui andar pela cidade e conhecer as Lanes e o litoral.
A primeira coisa que me veio à cabeça ao visitar as Lanes foi BECO DIAGONAL!
Impossível não relacionar essas ruas estreitinhas cheias de lojas a um dos lugares mais legais da literatura.
Town Hall de Brighton!
E o litoral ❤
Dei sorte de pegar dois dias de tempo lindo na Inglaterra!
E é claro que tinha que comer meu primeiro Fish and Chips totalmente british!
No dia seguinte seguinte foi a vez de explorar a Marina e o Píer.
A marina tem uma calçada da fama com atletas, ABBA, The Who, Lewis Carroll e até George IV!
E chegando no Píer…
Pertinho tem o aquário de Brighton!
Ali eu comi um dos melhores crepes da vida, mas o que tinha de gostoso tinha de difícil!!
E chegando no fim do píer ficam as atrações! Me diverti horrores e não queria ir embora! hahaha
(Vista da atração Mouse Trap).
Adorei conhecer essa cidade super descontraída e lindinha!